segunda-feira, 27 de abril de 2009

chelsea barracks



essas imagens acima são as duas opções de projeto para o chelsea barracks em Londres. A imagem da direita é a preferida do Príncipe Charles, que, quando falou isso publicamente, recebeu uma carta de vários arquitetos (incluindo Zaha Hadid, Norman Foster e Herzog&De Meuron) acusando-o de se aproveitar do posto privilegiado para favorecer a proposta do arquiteto
Quinlan Terry. Já os arquitetos que escreveram a carta estão do lado do Lorde Richard Rogers, conhecido pelo projeto do Centre Pompidou (1977) e pela importância dada à questão ambiental nos projetos mais recentes. o que vocês acharam?? vale a pena comentar também que em uma enquete da revista inglesa BUILDING, o projeto de Quinlan Terry tem 67,5% dos votos, e o de Rogers tem apenas o resto... façam os cálculos, eu to com preguiça... e também uma menção honrosa ao Suna, comentador assíduo do blog do GAU (também o único)...

reportagem da revista BUILDING

e não esqueçam de comentar...

16 comentários:

Thiago Maso disse...

a velha discussao do onibus... de um lado o gosto da maioria e do chefe, do outro o gosto dos pritzkers...

a questao eh qual projeto atende melhor a vida alheia e a cidade?
e pq diabos o principe vai meter o bedelho?

Nelson disse...

acho que o problema foi que o cara agradou o principe por causa do desenho a mão... heuahuea... brincadeiras a parte, isto acontece na faculdade tbm! por melhor que seja seu computador, se vc chegar com um croqui porco o professor vai curtir pra caralho...

enfim, mas acho que o príncipe deve morar num predinho neoclássico do batel... por isso da escolha

e suna, continue firme e forte com seus posts! haha...

andrea berriel disse...

Oi Nelson, com relação ao croqui porco, não é bem assim... mas quanto ao prédio neoclássico no Batel, pode até ser... :)

1berto disse...

eu até concordo com o Thiago que agente pode cair na discussão do ônibus, que agente falou da validade ou não desses novos neo-algumacoisa. mas mesmo sem ver o projeto inteiro, já da pra imaginar a preocupação que o Lorde teve com as questões ambientais... e pelo tamanho das aberturas e a regularidade delas no croqui, o favorito do Principe não pensou muito nem em ensolação ou ventilação, muite menos em eficiência energética...

Thiago Maso disse...

humber.. insolacao rapaz..

e andrea, tenho q concordar c o nelson... um croqui "razoavel" infelizmente eh melhor do q um 3d...
isso me leva a uma outra pergunta: pq a arquitetura nao se moderniza, utilizando novos metodos de projeto e representacao ao inves de insistir em metodos contraprodutivos como sulfurize e grafite pra apresentacoes tecnicas?
comparar projetos la fora e daqui eh uma covardia por causa disso, estamos nos anos 30 ainda? as vezes sinto q sim...

João disse...

Acho que o príncipe escolheu porque ele curtiu mesmo, afinal de contas ele mora num palácio bem parecido com esses do croqui. E é ai que se explica porque 68% das pessoas preferiram a proposta neonada, eles querem se sentir num palácio igual ao da rainha e ponto.
Quanto aos métodos de representação acho a parte manual de concepção do projeto(croquis e maquetes) essencial, mas é inegável que a arquitetura digital é a realidade que vivemos no momento, talvez não no Brasil, mas na Europa com certeza, mas nunca deixando de lado a parte artesanal do processo, que com certeza é o que da alma ao projeto, a visão espontânea do arquiteto.

Thiago Maso disse...

joao... concordo que a "ideia inicial" deva ser feita no papel.. na real, nao sei nem se deveria existir essa "ideia inicial" - conceito que me parece muito formalista ou atrelado a um detalhe especifico... prefiro usar o termo "diagramas" e com isso evoluir processos, sendo o objeto "edificio" um resultado e nao um fim em si mesmo, esperado desde o inicio.
agora, meu ponto é: porque apresentacoes a mao?
segundo: sera que nao existem novos metodos de desenvolver (no sentido de apresentar desenvolvimento, evolucao) os diagramas até eles se tornarem "arquitetura"? ex: programas parametricos que calculam incidencia solar e com isso geram formas ideiais de fechamentos/aberturas?
sacou...

andrea berriel disse...

Rapazes, essa é uma discussão longa, mas importante, então vamos lá! Quando, na década de 1990 tornou-se possível fazer os projetos no computador, eu até acreditei que todo o processo de projeto pudesse um dia acontecer dessa maneira. Mas depois, com a experiência, fomos todos percebendo que nos primeiros anos de atelier de projeto é necessário que o aluno tenha essa experiência de desenhar a mão, para desenvolver outras sensibilidades que não podem ser desenvolvidas diretamente no computador. Com relação à representação de arquitetura, vale o mesmo, de 1995 até 2005 mais ou menos aconteceu uma avalanche de projetos muito mal representados por terem sido desenhados diretamente no computador. A grande chave é entender o que se está desenhando, e para ter esse entendimento acreditamos que no segundo ano de arquitetura, que é quando vocês tem o primeiro contato com projeto, os desenhos tenham que ser feitos a mão, justamente para facilitar esse entendimento. A arquitetura é algo material, "não há projeto sem matéria". Nesse momento em que vivemos, eu gostaria muito que vocês aprendessem a desenhar dentro de um laboratório de construção da arquitetura. Construindo e desenhando... Teremos o nosso! Depois de entender o comportamento dos materiais e de entender como representar o espaço aí a ferramenta digital torna-se a melhor coisa que nos aconteceu no último século. Antes disso não é nada. Pensar arquitetura transcende os meios, tenho certeza que desenhando a mão e fazendo maquetes físicas vocês desenvolverão sensibilidades absolutamente necessárias à prática de projeto. :)

Thiago Maso disse...

"pensar arquitetura transcende os meios" - e se pudermos fazer o computador pensar por nós - exemplo, BIM, simuladores, que dão a resposta mais facil às nossas perguntas... encurtando caminhos? acho um pouco redutor dizer "antes disso [o desenho por/uso do computador] não é nada"
e - concordo - só desenhando muito, fazendo muitos modelos, tentando, se aprimora uma ideia, mas então a minha questão volta: porque falta um método? o desenvolvimento de um modo de projetar.. a busca pelo método e não pelo resultado? a minha opinião - e de centenas de alunos da ufpr - é que não temos um ensino de arquitetura voltado à compreensão dos métodos, da inter e transdisciplinaridade, do pensamento sistêmico e principalmente do questionamento sobre o que é pensar e fazer arquitetura. Desenhar é uma coisa, pensar o projeto, criar, é outra - que na minha opinião pode -e deve - envolver todas as tecnologias, do carvão ao simulador no computador... então porque não podemos focar nossos projetos na criação, no durante, no processo? Desenhos mal representados ou que não entendem o que está sendo feito são muito mais questões de má formação da ligação entre teoria-prática do que simplesmente representação, ao meu ver - quando um aluno sabe como funciona, onde utilizar (disciplina teórica), só o falta representar corretamente (caso específico = maturidade, experiência, prática = disciplinas de projeto), e é ai que uma atenção especial do responsável deve ser dada. A ligação entre teoria/pratica (método) é a grande falha em nossa formação.

arquitetura não é o conhecimento da forma, mas uma forma de conhecimento...

andrea berriel disse...

Oi Thiago. Hei, amigo... O tom das nossas conversas poderia ser mais amistoso! Animosidades entre professores e alunos é algo ultrapassado, não o desenho a mão. Estamos do mesmo lado, ou seja, vocês querem melhorar o curso? Sim, eu também quero, e posso garantir que a grande maioria dos professores do Departamento também. O seu texto traz uma série de questões, entre as quais podemos destacar: 1-) Representação de arquitetura x pensar arquitetura; 2-) Metodologia de projeto e 3-) Metodologia de ensino de projeto. Para você ter uma idéia, cada uma destas questões poderia gerar muitas teses de doutorado e por coincidência posso citar alguns exemplos aqui mesmo, dentro da nossa escola: A Professora Silvana desenvolveu em sua tese (defendida em novembro de 2008) sobre o desenho, como recurso de perceber o mundo e pensar o espaço, e metodologias para melhorar o ensino de desenho para o primeiro ano de arquitetura; o Professor Emerson desenvolve metodologias para melhorar o ensino de projeto, utilizando para isso uma metodologia de projeto no atelier, por enquanto do 5º ano, que vocês todos estão tendo a oportunidade de ver e, na minha tese, que trata do desenvolvimento de componentes construtivos de madeira – que se articulam a outros sistemas e componentes dentro de uma idéia de pré-fabricação aberta – cerca de 40% do tempo eu escrevo sobre metodologia de projeto. Fora esse esforço despendido nas pesquisas, posso lhe garantir que as coisas melhoraram muito nos ateliers de projeto. Veja, nós concordamos em muitos pontos: também acredito que os projetos devam ser desenvolvidos do carvão ao simulador no computador, claro. Em outros pontos não concordamos tanto, e isso é saudável, afinal, estamos numa U-NI-VER-SI-DA-DE! Agora, muito me admira que um cara inteligente como você acredite que um computador possa pensar por você... Thiago, enquanto os computadores não tiverem pele, olhos, narinas, coração... enfim, enquanto eles não tiverem a sensibilidade dos seres humanos, que tem o próprio corpo como objeto de medida para perceber e construir o espaço a sua volta, serão apenas uma ferramenta, meu caro. Só pode fazer arquitetura, pelo menos boa arquitetura, um ser sensível ao meio que o cerca, pois, arquitetura existe quando há emoção poética. Com isso eu não estou negando o papel da técnica e da tecnologia, ambas vitais pois “não há concepção sem técnica, nem projeto sem matéria” (PIÑÓN, 2006, p. 126). Thiago, faça assim, nós fazemos a nossa parte e você faz a sua ok? A discussão é válida, mas use sua energia e inteligência também para melhorar os projetos! [ ], ☺ Profª Andrea Berriel

Thiago Maso disse...

andrea, perdão se foi o que pareceu, mas em nenhum momento quis soar "pessoal" nos comentários, estou tentando usar os nossos argumentos para construir o que acredito em arquitetura, e ao mesmo tempo dar a minha opiniao sobre o que vejo nesses ultimos 6 anos de faculdade, e sim, tentar melhorar um curso em que a imensa maioria dos alunos está decepcionado, e em parte por causa dos professores e seus métodos de ensino, sem falar em etica (repito: em parte, pois sei que muitos dos outros motivos são "culpa" dos alunos tambem). Enfim, continuando nossa saundável discussão, ainda acredito que o "pensar" do computador pode ser utilizado. Acredito que o importante é fazer a pergunta certa, onde entraria ai unicamente a pessoa, mas ao procurar a resposta, o esforco do computador seria muito mais compensado, liberando tempo e energia para pensar no que importa: as perguntas, as concepcoes sobre como devemos responde-las, ou seja, em buscar nosso método (ficou claro? digo, ao inves de chutarmos ou calcularmos na mao a resistencia termica de uma parede, o computador poderia faze-lo, evitando que absurdos do ponto de vista do conforto acontecessem). O que digo é que antes de sermos artistas, temos que resolver problemas, uma visao reduzida talvez, burocratica, enfim, como quiser, da arquitetura, acho que antes da "emocao poetica", devemos garantir itens como estabilidade, conforto, economia, enfim, algo como uma teoria das hierarquias de maslow, e só depois buscarmos a poesia...
e acreditando arquitetura ser isso, digo que a busca pelo objeto, do modo que temos, muitas vezes é equivocada (minha opiniao), pois somos levados a crer que o edificio é essa "poesia" que precisamos escrever e que qualquer outra questao (como programa, teoria, historia, tecnica, tecnologia, conforto, estrutura, enfim...) deve ser entendida como um apendice, algo com que temos que nos preocupar, no sentido de "ta, como vou resolver esse problema de colocar pilares aqui agora?" e acho mesmo que é justamente por causa disso que estamos sempre na crise da arquitetura, e todos os problemas da arquitetura "moderna". Se compreendermos que todas essas questoes sao os geradores do edificio, e a "poesia" é o que se consegue ao responde-las num movimento sistemico e coordenado, interdisciplinar, podemos evoluir e fazer uma boa arquitetura de qualidade - a busca por uma arquitetura de performance, e nao de estilo. (caindo ai, no estilo moderno que fazemos na faculdade. estilo, do mesmo ponto de vista da moda de roupas :( dificilmente se discute o que eh moderno no nosso projeto, a nao ser com comentarios do calibre de "ah, escolhi vigas metalicas porque sao mais 'modernas') Buscando essa performance estamos mais perto do que acontece na boa arquitetura atual, pelo menos parte dela, como os holandeses, escandinavos ou alemaes. Essa mudanca de método de concepcao do problema "edificio" eu acho que seria uma boa maneira de conseguirmos dar um salto em nossa arquitetura e sair da primeira metade do sec XX que permanecemos.
Concluindo, nao acho que copiando solucoes e arquitetos conseguiremos atingir o nivel de excelencia que buscamos, mas sim quando entendemos seus metodos, seu modo de peguntar, e temos toda a base (teorica) para buscar as respostas (atraves do computador ou do carvao), mas que desenvolvamos o modo pessoal de entender arquitetura, ou a "forma de conhecimento" que citei no ultimo comentario (criticamente roubado de bernard tschumi) e que possamos compreender que uma parede esta la por algum motivo, algum questionamento, e nao "por que sim, zequinha"... Acho que seria interessante Andrea, conversarmos pessoalmente, e também você conversar com outros alunos sobre a questão do metodo e do como fazer e encarar o projeto, eu me surpreendi quando o fiz.

Gostaria tambem de saber qual é a minha parte, que me cabe fazer?
Novamente, perdão se soei pessoal em algum comentario, o unico comentario pessoal que quis fazer foi quanto a minha opiniao sobre os fatos, e nao sobre voce ou seu método, pois acredito que minha opiniao nao importa, apenas os fatos. E obrigado, melhorarei meus projetos, sempre.

andrea berriel disse...

Olá Thiago, vejo que você é uma mente incansável... tudo bem, também acho saudável a nossa discussão, mas estou neste momento escrevendo mais algumas linhas da minha tese, na labuta diária, em pleno sábado e mais uma vez você toca em muitos assuntos de uma única vez, não poderei responder a todos eles, mesmo porque para alguns não tenho respostas... Mas eu lhe asseguro, e quanto mais eu estudo sobre tecnologia (minha tese inclusive é sobre esse assunto) mais eu me convenço que o ingrediente mais importante, que nos falta hoje, é o “saber fazer” (Documentação Necessária, Lúcio Costa). Precisamos, mais do que transformar o projeto em uma exaustiva planilha do excel, construir com nossa próprias mãos as coisas, experimentar. Por isso que eu falo do nosso Laboratório... Nada como construir uma parede, seja ela de barro cru, seja ela de tijolos, de peças de madeira ou uma simples membrana de algodão esticado sobre uma estrutura de madeira ou metal... Esse é um primeiro passo. Mies por exemplo se recusava a discutir os problemas da forma, que era tida como o resultado da boa aplicação da técnica, eu concordo com ele. Esse é um dos maiores problemas observados atualmente nas escolas de arquitetura: os alunos desenham duas linhas sobre o papel e quando questionados respondem: “isso é uma parede”. Sim, mas qual é o material construtivo? E o aluno pára espantado, pensa por alguns instantes e responde: “Alvenaria” ou “madeira” ou “papel” e o que é espantoso é que este aluno tenha desenhado uma parede que encerra um espaço, dentro de um contexto maior, de uma edificação, sem pensar em sua materialidade! Isso não é um problema específico de algumas escolas de arquitetura e sim um problema que se repete em praticamente todas as escolas, que reflete, não uma deficiência de aprendizagem das novas gerações de estudantes de arquitetura, senão um problema das gerações de arquitetos que ensinam a conceber algo absolutamente material, a arquitetura, desprovida de materialidade em sua origem, o projeto. Mas eu lhe pergunto, Thiago, o que uma criança faz quando começa a falar? Sim, copia o que os pais ou outras pessoas a sua volta estão dizendo. Tem uma frase do Mahfuz que eu gosto muito: “Nada provém do nada”. Por isso, nos primeiros anos do curso vocês começam a fazer um projeto sempre com um arquiteto de referência, para ter de onde extrair alguma coisa boa, pois, se vocês não começarem copiando algo bom, de um repertório já organizado, vão copiar de qualquer maneira, a casa do vizinho provavelmente. Aqui em Curitiba alguns terão a sorte de por exemplo ter uma bela casinha vernacular de madeira como vizinha, outros poderão ter a sorte grande de serem vizinhos de uma das obras do Artigas, Meister, Oba, Bratke, Maria Nadir e tantos outros... Mas a grande maioria vai olhar pela janela e ver um horrendo exemplar de um prédio neo-qualquer-coisa... e copiar. Te garanto. No segundo ano os alunos começam estudando o período entre guerras e as obras dos arquitetos desse período, inclusive no Brasil. Discutimos esse período de grandes mudanças e usamos as referências ali encontradas. Fica muito claro que o repertório modernista não será utilizado hoje, não faria o menor sentido, afinal. Em um ensaio intitulado “On the Origin of the Work of Art”, HEIDEGGER apresentou “arquitetura como tendo a capacidade não apenas de expressar os diferentes materiais com os quais é feita mas também de revelar as diferentes instância e modos com os quais o mundo vai indo”. Quanto ao que você pode fazer, como eu já lhe disse, faça bons projetos, estude, leia, seja humano, sinta empatia pelas pessoas e aprenda tudo sobre a técnica. Professores? Não me lembro quem me disse uma vez que não é possível ensinar arquitetura, mas aprender é possível! Vá em frente! Profª Andrea Berriel. ☺

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Yoshi disse...

olha,eu acho q vcs estão usando a palavra projeto, mas falando de coisas diferentes... bem grosseiramente, eu sempre divido projeto em CONCEITO e LINGUAGEM.essas duas coisas estão em planos diferentes, a linguem atinge o nosso plano fisico, como a beeriel comentou, não ha arquiteura sem materia, e o conceito está num plano de pensamentos e ideias. uma analogia valida eh a diferença entre a fala e o pensamento. a fala só existe por causa da materia, ela nescessita desse plano fisico para existir, e o pensamento está em um outro plano, não fisico (sim, as sinapses e os eletrons no cerebro são fisicos, mas a formulação e a produção individual de pansamento gera dimensões individuais) que soh tangem uma dimensã em comum - a fisica - atravez da materia.

enton:
-ideia inicial=pensamento=conceito
-edificio=material=linguagem

quando o thiago diz projetar no computador, ele quer dizer como uma FERRAMENTA, que irá auxiliar voce no desenvolvimento do projeto. porem o partido, quem nem a berriel falor, tem que nascer sim, do duro trabalho do arquiteto (ou da equipe que está realizando o projeto). outra analogia ( adoro analogias) é o uso da calculadora. para erquer uma barraca, vc não precisa fazer o calculo estrutural, basta você pensar como colocar os gravetos de um jeito que a tenda fique de pé. depois, para construir um predio, o neguim tinha que fazer o calculo estrutural a mão. daih chegou a Hp, e deixou a gajera feliz. mas a calculadora não definiu o projeto, ela só deu mais tempo pro neguim estudar arquitetura quando ele voltasse para casa. como vcs puderam ver nesse exemplo, a complexidade do edificio foi aumentando, e a nescessidade de terceirizar os calculos e abraçar totalmente a gama de elemntos que compoe o projeto atravez do meio digital tambem.

(continua)

Yoshi disse...

(continuação)

por isso talvez, a critica de que em projeto, ainda estamos presos as formas do modernismo, que para defenir a estrutura é soh abrir o yopanam e tirar o 2/5 para fazer o balanço... como englobar todos os elemntos que influem no projeto contemporaneo? graficos de conforto termico, indices de iluminação, aproveitamento dos ventos, sem falar dos novos jeitos de pensar o programa e diagramação do projeto em si... para mim parece ser muita coisa para terminar na mão.

por isso que memso hoje, os projetos do oscarzão ainda tem a assinatura dele. ele vai, faz o croqui, um desenho a mão, escreve um livro sobre o projeto que ele chama de partido, e amnda pro escritorio. a alma do projeto foi colocada ( e deve ser feita) a mão. mas o estudo de todos os parametros que influem no projeto final, é feito por um monte de gente ( como se fossem um processaro de computador), que dá o acabemento final do projeto...

o que a gente pode debater por exemplo eh o caso do MVRDV, que sim, define o projeto apartir ( e somente apartir) de informações parametricas no computador... o resto, aqui, é todo mundo igual, só que eu naum curto fizar fazendo contas a mão, prefiro usar uma calculadora.....

e outra, metodologia de projeto e metodologia de ensino de projeto são coisas totalmente diferentes. eu acho sim, que a metodologia de ensino é falha, e estamos todos tentando fazer oque podemos, mas não posso deixar de pensar pelo ponto de vista do professor. imagine, vc estuda, faz projetos, jah tem experiencia no campo, vai dar aula para metade da turma ( a outra metade esta atrasada) e ninguem tem nada pronto, ninguem fez a lição de casa, ninguem trouxe nada pra debater, ninguem tem bagagem para debater e ninguem quer debater... quem quer eh um monte de piah que acha que sabe de alguma coisa, e quer discutir o SEU metodo e a SUA experiencia... eu, no dia seguinte, mandaria todo mundo a merda... entam o aluno reclama e tudo, mas duas coisas : 1-quem veio antes, o ovo ou a galinha? 2- quem faz alguma coisa para aprender mais sobre arquitetura alem de cobrar dos professores? parece que tem gente que entrou na federal e ainda quer o boletim para mostrar pros pais...

o ensino soh vai se dar se todo mundo fizer a lição de casa: o professor saber e compreender os sistemas parametricos e digitais para debater, o a mente incansavel do aluno se empenhar e mostar bons resultados(hauhauhauhauhauhau). daih cada um tem a consciencia que quiser ter...

PS: se alguem souber como fazer isso, me avisa!

andrea berriel disse...

Quando visitei a 5ª Bienal Internacional de Arquitetura, em 2003, no Parque Ibirapuera em São Paulo, uma das obras que mais me impressionou foi justamente a dos Holandeses, principalmente do escritório MVRDV. As maquetes físicas eram compostas por “extratos” de resina ou acrílico transparente, com tudo o que a imaginação de vocês puder colocar dentro, desde vacas, pessoas a objetos de todo tipo... as camadas funcionavam como layers em um edifício, o acrílico as vezes era vermelho, as vezes azul... Percebi naquela ocasião que eles estavam organizando, separando e catalogando na realidade uma quantidade imensa de informações das cidades, da louca vida dos centro urbanos e ao mesmo tempo até uma vaca estava ali... Eram as bases dos procedimentos projetuais do escritório, que vem elaborando uma metodologia com base na noção de “paisagem de dados”, segundo a qual a forma urbana e a arquitetônica devem resultar do processamento e manipulação de dados que envolvem o projeto. Legal, incrível, eu que já gostava do MVRDV virei fã em 2003. Igualmente encantada fiquei com as pranchas originais de desenho do Álvaro Siza, todas desenhadas a mão, o que era estarrecedor com os cortes todos gerados a partir da planta e na mesma prancha desta. Tinha um outro escritório que fazia cinco maquetes de cada obra, todas de madeira, em várias escalas... Vejam, cada um encontra seu método de trabalho. A tecnologia é uma ferramenta incrível, mas não é a panacéia para os problemas da arquitetura. A diferença está num ingrediente que transcende a tudo isto, não nega, pois se utiliza de tudo isto como um meio – mas ultrapassa. Vou explicar: quem conhece o trabalho do MVRDV sabe que ele causa aquela “coisa no estômago” que eu falo sempre. Vejam, respeito a opinião de todos vocês, e espero que também respeitem a minha, simplesmente podemos e devemos ter opiniões diferentes. Arquitetura não se apóia em verdades, mas em convicções. As minhas são: A técnica é um meio necessário e poderoso; e, Arquitetura é Arte. ☺