segunda-feira, 21 de junho de 2010

Instalação - Lágrimas de São francisco


Povo,


Lágrimas de São Pedro, acalento ao sertão nordestino
Vale muito apena ver essa instalação.
Lá na Caixa Cultural: Até 11 de Julho!
Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro
das 10h as 21h, domingos das 10h as 19h


Arquitetura I - Capela




Sei que pode parecer atrasado, mas antes que nunca! Entrego a comunidade acadêmica "O" exemplo de arquitetura vernacular, perdida no sertão catarinense - mais precisamente São Joaquim. De forma prismatica, locada em frente a rodovia que leva a serra do rio do rastro, pouco antes da tão fria são joaquim, a capela resplandece sobre um aclive que recebe um tratamento paisagístico com as sempre bem vindas hortênsias. O acesso lateral leva ao acento do motorista/padre que pode optar ainda pelo altar/jipe locado aos fundos da nossa maravilhosa nave (acredita-se que o "arquiteto" optou por não colocar bancos afim de propiciar essa liberdade ao padre/motorista e aumentar a lotação do espaço). Infelizmente não possuo fotos da promenade, todavia garanto que em um dia chuvoso como aquele não foi nada fácil subir a escada escavada na terra e atravessar a grama alta - tudo em nome da penitencia pelo perdão, creio eu. Por fim, ressalvo que imediatamente a frente, no outro lado da rodovia, existe um restaurante, possivelmente do construtor desta que devia ser uma referencia aos nossos estudantes de Arquiteturinha. Enfim, os detalhes cabe a vós notar.








Olha lá Arthur, Emersá e Dedé. Os aluno precisa mais disso ae! Referencia!!


Acho tendenciam..




A Merda e o Kitsch

(...) Por trás de todas as crenças européias, sejam religiosas ou políticas, está o primeiro capitulo do Gênese, a ensinar que o mundo foi criado como devia ser, que o ser humano é bom e que, portanto, deve procriar. Chamemos essa crença fundamental de acordo categórico com o ser.
Se, ainda recentemente, a palavra merda era substituída nos livros por reticências, isso não se devia a razões morais. Afinal de contas, não se pode pretender que a merda seja imoral! A objeção à merda é metafísica. O Instante da defecação é a prova cotidiana do caráter inaceitável da Criação. Das duas uma: ou a merda é aceitável (e nesse caso não precisamos nos trancar no banheiro!) ou a maneira como fomos criados é inadmissível.
Segue-se que o acordo categórico com o ser tem por ideal estético um mundo onde a merda é negada e onde cada um de nos se comporta como se ela não existisse. Esse ideal estético se chama Kitsch.
Esta é uma palavra alemã que apareceu em meados do sentimental século XIX e que em seguida se espalhou por todas as línguas. Mas o uso frequente do termo apagou seu valor metafísico original: o Kitsch, em essência, é a negação absoluta da merda; tanto no sentido literal como no sentido figurado: o kitsch exclui de seu campo visual tudo que a existência humana tem de essencialmente inaceitável.

(...)

Trecho de "A insustentavel Leveza do Ser" de Milan Kundera